domingo, 11 de abril de 2010

Sem professor o Brasil afunda

A educação deveria ser prioridade em nosso país, mas ainda não é. A começar pela designação de "aumento de despesas" quando se refere, por exemplo, ao salário (literalmente, a porção de sal) dos professores o que deveria constar na rubrica investimento .Se tomarmos os exemplos de muitos professores que precisam lecionar em 2, 3 ou mais escolas, entre públicas e privadas, para conseguir manter-se com um mínimo de dignidade, é possível deduzir que melhor remunerados terão mais e melhores condições de se dedicarem a uma só escola, aprimorar seus conhecimentos como se faz necessário em qualquer área (principalmente de quem é responsável pela formação de todas as áreas).
É fato que há professores sem preparo adequado para o que deve ser a base de um país que se queira sério, ou seja, a educação.
Saviani em Pedagogia Histórico-Crítica (2008-10.ed. p. 31) afirma ...”Com efeito, ao criticarmos a política educacional vigente pelas distorções decorrentes de seu atrelamento aos interesses dominantes, não será possível deixar de reconhecer seus efeitos sobre a formação ( deformação ) dos professores.”
O que se espera dos nossos governantes é o reconhecimento de que a situação atual do sistema escolar é fruto de descaminhos do próprio governo. Ao se direcionar esforços para a melhoria na formação de professores pode-se começar a romper o círculo vicioso na educação.
Se, no dizer dos transportadores de cargas, sem caminhão o Brasil pára, podemos acrescentar –sem professor o Brasil afunda.

2 comentários:

  1. "Indo consultar o oráculo de Delfos, Sócrates ouve a voz (interior) do daímon, que lhe transmite a mensagem de Apolo:"Sócrates é o homem mais sábio entre os homens".Espantado, Sócrates procura os homens que julgava sábios (políticos e poetas, cuja função é ensinar e guiar os outros), consulta-os para que lhe digam o que é a sabedoria.Descobre, porém, que a sabedoria deles era nula.Compreende, então, o que o daímon lhe diz: "Agora já sabes porque és o mais sábio de todos os homens".Sócrates compreende, enfim, que nenhum homem sabe verdadeiramente nada, mas o mais sábio é aquele que reconhece isto. O início da sabedoria é, pois, "sei que nada sei".

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    1. Esclarecendo: texto anterior sobre Sócrates, fonte: Introdução à história da filosofia: dos pré-socráticos a Aristoteles, volume I/ Marilena Chauí. 1 ed. São Paulo, Brasiliense, 1994.

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